sábado, 9 de outubro de 2010
O que a Bruna pensa sobre: Obstáculos.
Obstáculo segundo o dicionário: "tudo o que se opõe, impede ou faz parar; estorvo; oposição; dificuldade."
Obstáculos na vida, são normais. São problemas de todos os tipos, que nos afetam e fazem com que agente se esforce cada vez mais para supera-lo. Todos nós enfrentamos vários obstáculos para caminhar em rumo ao que se almeja. Seja rico, seja pobre. É claro, que os pobres infelizmente tem bem mais obstáculos a superar, infelizmente a tal da grana faz muita falta, mas não chega a ser motivo crucial.
Hoje eu ví, que meus problemas, meus obstáculos, graças à Deus não são muitos. Não tenho do que reclamar. Apesar de estar longe da maioria das pessoas que mais amo na vida, eu não me deixo abalar. Olha aí, isso já é um obstáculo. Porque o psicológico de qualquer pessoa, precisa estar bem para que ela vá seguindo seu caminho tranquila.
Quando meu irmão era vivo, e tinha surtos sempre, eu rezava todos os dias para que ele ficasse curado, eram muitos problemas em casa causados por isso. A família ficava cansada, ficava triste, ficava com medo, desejava que ele ficasse bem.... Aí, eu via alguém reclamando de alguma besteira da vida e pensava: "se essa pessoa ACHA que tem algum problema pra se preocupar, é porque ela não tem um irmão tendo surto psicótico em casa...". Quando eu me abria pra alguém, elas sempre diziam que a gente só vê que dá corda pra problemas bobos, e tornamos eles obstáculos enormes, quando agente vê um problema de verdade dos outros. Hoje em dia eu vejo o quanto era um pensamento egoísta, achar que meu problema era maior do que o de todo mundo. Porque cada um é cada um. O que me afeta hoje, pode não afetar você se passar pelo mesmo problema... Mas hoje, ainda sim, eu me irrito com pessoas que transformam uma gota em tempestade. Porque pra falar a verdade, a vida é bela, a gente é que caga nela!
Eu fiquei pensando nisso hoje, em problemas grandes e pequenos, porque me deparei com um problema sem reversão de outra pessoa, e me fiz a pergunta: "e se fosse eu?". Eu estava esperando ônibus, quando de longe, vi um senhor caminhando devagar... E quando chegou um pouco perto de mim, perguntou assim, meio que pro ar, e em voz alta, esperando alguma resposta: "Aqui é o ponto de ônibus?!". Daí eu olhei pro olhos dele, e percebí que ele era cego. Imagine você. No inferno do trânsito de Porto Velho, um senhor CEGO e sem bengala, problema maior que você NÃO ENCHERGAR o que está na sua frente... Eu não consigo me imaginar assim, e chega a doer quando eu penso, por isso evito. Ajudei aquele senhor, claro. Quando o ônibus chegou, o avisei, dei meu braço à ele, e o levei até a porta do ônibus. É um gesto pequeno de educação, sabe? É claro que eu vou ajudar alguém que precisa! Mas tem muita gente que não faz isso. Que está tão preocupado com sua vidinha, e seus problemas, que muitas vezes são do tamanho de botões, e não se colocam no lugar de uma pessoa assim, que desde a hora que acorda até a hora de dormir tem bem mais obstáculos que qualquer outra pessoa. Pessoas cegas, pessoas que não podem andar, que não conseguem se comunicar... E mesmo assim, aquele senhor, com toda a educação falou bem alto para o motorista deixa-lo num certo lugar... E lá foi ele, desceu do ônibus, sem bengala. Apenas com sua audição aguçada, e passo devagar cuidadoso para não cair.
E quando eu achar que meus problemas tão pequenininhos, estão muito grandes, eu vou lembrar de hoje e parar de fazer drama. Tem gente bem pior que você por aí, e nem por isso, está reclamando mundos e fundos.
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